segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

A despedida II

De pé Theu esperou o momento de descontração terminar e anunciou:
- Cmte Jotha o oficial do Sistema comunica que a análise da reunião está pronta e deseja saber se ela é restrita ao comando da Esquadrilha e das Moléculas ou extensível a outras fontes como os Evireios na Lua.
- É restrita aos comandos e tripulação. Mais comunique as Moléculas o horário em que será transmitida a análise para elas. Antes, porém transmitam para os Evireios os vídeos da Força Tarefa na íntegra.
- Transmissão para o Comando e tripulação em vinte segundos, avisou o oficial do Sistema.
Quando os segundos se extinguiram e a contagem regressiva zerou o sistema começou a digitalização da mensagem:
“” O Analisador do Sistema apreciou as propostas feitas na reunião e a conclusão dos laudos é esta.
Disponibilizar para a população molecular o vídeo da viagem da Força Tarefa.
Realizar uma pesquisa no seio da população molecular sobre o Tema.
--O que você faria para salvar a Unix I na anti matéria?
Submeter os resultados da pesquisa ao Sistema em caráter de urgência “”.
- Neste caso oficial solicite aos Comandos Moleculares urgência, urgentíssima para as pesquisas por ser prioridade máxima de todas as nossas atividades. Depois que findar esta tarefa venha até aqui na ponte de Comando, pois quero que você me explique umas certas coisas a respeito do Sistema.
Quando ia indagar o Cmte Rudron sobre algo na Antártida um oficial de Comunicação deu o aviso:
- Cmte Jotha a NVBR-06 comunica que está em contato com um cardume de golfinhos rotadores no meio do oceano e dentro de umas duas horas estarão a umas duas milhas da Ilha Grande na entrada da Baia de Sepetiba. Pyreu e Duna estão entre eles e querem estabelecer contato direto com a sua pessoa.
- Mais o que é isso golfinhos rotadores no Rio de Janeiro? Eles nunca passam da Baia.
- Muito estranho isto. Mais talvez eles estejam fazendo apenas uma excursão. Ponderou Theu
Na Ponte de Comando continuamos a conversar sobre a Galáxia de Orion enquanto a observávamos quando então o assunto foi mudado.
- Bem Cmte Jotha esta quarenta e oito horas serão de meras expectativas. Disse o Cmte Rudron.
Sem tirar os olhos da tela respondi:
- Nada podemos fazer a não ser esperar pela pesquisa e a análise do Sistema.
Nisso Dhoren anunciou:
- Cmte Jotha a NVBR-02 está acabando de pousar no Complexo Urbano Telemental.
Fiquei um tanto nervoso mais o Santo Piá me acalmou:
-Não se preocupe Cmte Jotha Nós vamos lá recebê-los. Mais fique no ar para cumprimentar a todos.
Imediatamente o Santo Piá, o Cmte Rudron, o Cmte Aulax e Theu se foram e eu fiquei na ponte de comando esperando pela transmissão da chegada.
Em segundos o oficial do Sistema informou.
-Transmissão em vinte segundos Cmte Jotha.
Na sala todos demonstravam aflição e expectativa. Quando a transmissão iniciou a NVBR-02 estava terminando de parar defronte a um hangar. Planando a uns dois metros do chão ela sumia e aparecia nunca no mesmo lugar.
A porta do hangar da nave se abriu e a Unix II saiu lentamente e foi se posicionar ao lado da NVBR-02 quando parou de girar as portas se abriram e tripulantes e a Força Tarefa entraram em forma a sua frente. Logo o Cmte Berhu e sua tripulação desceram e vieram se posicionar ao lado Da Força Tarefa.
Nisto, chegaram ao hangar o Santo Piá, o Cmte Aulax, o Cmte Rudron e Theu.
O Cmte Berhu perfilou-se e apresentou a tropa ao mais graduado presente o Santo Piá. Este aceitou a apresentação e mandou a tropa estar à vontade.
- É um prazer revê-lo apesar de tantos problemas tenho convicção que encontraremos a solução com rapidez.
- Assim espero meu Santo, pois ainda não conseguimos nos conformar com o destino e sorte de nossos companheiros.
E tirando um pequeno cofre de um bolso no peito disse;
- Aqui está o cofre com as baterias.
- O cofre com as baterias você entregará pessoalmente ao Cmte Jotha. Ele está respondendo pelo comando da Esquadrilha a nível material e semi material. Ordene dispersar e alojamento até segunda ordem.
Com o grito de A’U’vvê. A’U’vvê. A tropa se foi e o grupo veio para a NVBR-01.
Na ponte de comando fiquei na expectativa mais o grupo não demorou a chegar. Assim que entraram sai da ponte de comandos e abracei efusivamente o Cmte Berhu e seu imediato o oficial Abbas.
- Vocês estão de parabéns pela Missão e saibam que toda a Esquadrilha e a População Molecular estão empenhadas na busca de uma solução para o problema.
- Nós estamos conscientes disto. Só espero que o tempo ou a demora de usarmos a solução não nos vença.
Dizendo isso o Cmte Berhu fez menção de me entregar o pequeno cofre das bactérias. Mais fiz um sinal para ele que esperasse e ele ficou sem entender nada.
Fiz um sinal para o oficial do Sistema e falei:
-Oficial comunique ao Sistema que o cofre com as bactérias chegou e que deve ser guardado no cofre de segurança da nave.
O oficial digitalizou alguma coisa e no centro de uma tela apareceu a mensagem.
Lendo ambiente e informação. Aguardem”.
Depois de uns dois minutos o Sistema informou:
Estejam com o cofre nas mãos. O sistema do cofre da nave irá buscá-lo”.
Como a cena era inusitada para todos, todos se afastaram ficando eu e o Cmte Berhu no centro da sala de comandos.
E novamente o sistema digitalizou indagando:
-  É o Cmte Berhu o depositante Cmte Jotha? ”
- Certo, ele é o depositante.
- Que ele digite sua senha mentalmente e em seguida faça o mesmo e aguardem”.
Depois de um minuto uma bolha translúcida entrou na Sala de Comandos e parou em frente o Cmte Berhu e nela o Sistema começou a digitalizar;
- Abra as mãos e espere a bolha sugar o cofre.”
O Cmte Berhu estendeu as mãos e a bolha sugou o cofre e se foi.
Na tela apareceu a mensagem:
- Operação realizada com êxito T.C.”
- Mais Cmte Jotha o senhor é que e o comandante da Esquadrilha.
- Sim eu sei. Mais você é o comandante da Missão. Não existe pessoa mais indicada para entregar tão valiosa carga ao Sistema do que você.
Dei-lhe um abraço e todos foram cumprimentá-lo.
Voltei para a ponte de comando e quando ia chamar o oficial do Sistema dhoren se aproximou e disse:
- Cmte Jotha em mais ou menos uma hora Pyreu e Duna estarão no ponto de encontro na Ilha de Jaguanum. Sugiro que pegue a bike e vá até a Praia de D. Luiza lá, se aproxime das lanchas e imediatamente um pescador virá indagar se quer alguma coisa.  Diga a ele que precisa ir até a ilha com urgência falar com um parente. Mostre logo cento e cinqüenta reais e ele aceitará ir.
- Mais como explicar a ele que vou me encontrar com golfinhos.
- Não é preciso. Quando estiverem já perto da ilha ele adormecerá então pilote a lancha e vá ao encontro dos golfinhos. Seres especiais almáticos estarão na lancha para dar assistência caso algo o acorde. Entre em sintonia mental com o Cmte Aulax para poder conversar com os golfinhos.
Imediatamente fui para a casa arrumei o dinheiro, peguei a bike e em dez minutos estava na praia. Empurrando a bike me dirigi para onde estavam as lanchas de aluguel e fiquei olhando para uma e para outra demonstrando interesse pelas mesmas.
Logo, logo surgiu um pescador indagando se eu queria comprar ou alugar alguma lancha. Disse que precisava ir até a ilha e mostrei o dinheiro. Ele sorriu pegou as cédulas e disse:
- Já estamos até de volta.
Diligente, arrumou a bike em um bicicletário e pôs cadeado, fez sinal para que entrasse na lancha, ligou o motor e partimos.
Como todo pescador, não se cansava de falar contando seus casos engraçados Mais quando nos aproximamos da Ilha, ele adormeceu rapidamente. Afastei-o para o lado e pilotei a lancha em direção ao oceano contornando a Ilha pela esquerda.
Pyreu e Duna estavam chegando e vieram ao encontro da lancha.
Ao se aproximar falou:
- Olá Jotha que bom te rever. Escute, o nosso amigo almático que está na lancha disse para você jogar a âncora.
Joguei a âncora e pulei na água.
Nadei agarrado aos dois por alguns minutos e de repente fomos sugados por incrível vórtice. Em seu interior ficamos boiando e Pyreu assustado indagou:
- Nossa Jotha. Será que morremos?
- Não Pyreu, penso que estamos no ventre da Mãe Terra. Uma vez já vim aqui.
Pyreu e Duna ainda estavam perplexos quando aquela maviosa voz se fez ouvir.
- Meninos eu os trouxe até aqui por que você tem que ir embora o mais rápido possível desta região.  Terrível borrasca vai se abater nesta área. E o cardume tem que estar bem longe senão você não sobreviverá Pyreu. Andem, vão embora já e já!
O vórtice se desfez e nos despedimos perto da lancha. Pyreu e Duna mordiscaram minhas orelhas, eu beijei seus focinhos e eles se foram.
Pulei para dentro da lancha, icei a âncora, liguei o motor e o pescador nem acordou.
Um vento frio vindo do oceano era o indicador da borrasca e quando a lancha estava a mais ou menos uns dez minutos da praia o pescador acordou.
- Caramba, como dormi. Por que não me acordou moço?
- Você ressonava muito aí pensei: ele deve ter trabalhado muito e está cansado, então resolvi pilotar.
- Bem agora tenho que assumir, pois meu irmão pode estar na praia me esperando e ele é o dono da lancha. Por favor, diga que cobrei cem reais.
- Tudo Bem.
Atracamos, descemos da lancha e pedi para que ele soltasse a bike.
Enquanto ele abria o cadeado fiquei observando a movimentação de pescadores em dois caíques no afã de arrumar redes e equipamentos para pesca.
- Eles vão sair para pescar?
- Claro.  Eles vão levar os materiais para aquelas traineiras ao largo.
- Então avise a eles para não irem, pois terrível tempestade vai se abater por aqui.
- Você está louco moço? O sol está de fora e o dia ainda está claro.
- Mais você está sentindo este ventinho gelado?
- Ora. Isto é natural a esta hora da tarde.
Fiquei fulo de raiva e me dirigi para o grupo de pescadores.
Tentei me explicar mais só fizeram rir e me irritar com pilhérias.
Peguei a bike e quando já estava na rua gelado vento começou a soprar e um deles, que vinha de uma lanchonete começou a gritar:
- Arrastem os caíques para a rua e façam sinais para o pessoal das traineiras virem embora. os tele jornais estão anunciando terrível temporal em toda orla marítima do estado. Depressa! Vamos! Vamos!
Fui saindo devagarzinho com a bike e ao olhar para trás uns dois acenaram com as mãos.
Cheguei a casa e tomei um banho, mudei de roupa e fui até o quarto ver a Mãe. Ela dormia e parecia sonhar.  Fiquei observando aquele pouquinho de gente que já está dando sinais de senilidade, está enxergando menos e a locomoção ao andar está cada vez mais difícil.
Não sei realmente se estou preparado para a sua partida. Este assunto me dói e não consigo entender como tanta gente abandona os pais em asilos e casas de repouso.
Como a chuva se abateu fazendo enorme barulho nas telhas, ela acordou e como me viu pediu para arrumar seu cobertor. Ajeitei sua coberta e ela adormeceu de lado para a parede.
Mediante isto fui para a NVBR-01, pois havia ainda uma pendência a resolver; pedir explicações ao oficial do Sistema.
Ao entrar na Sala de Comando fiz um aceno para todos e fui direto para a Ponte sentei e como o oficial do Sistema olhava para mim fiz sinal para que ele se aproximasse.
- Sente-se, ordenei.
- Mais esta cadeira é privativa do comando senhor.
- Mais eu quero conversar com você e fazer algumas perguntas técnicas.
Meio contrafeito o oficial sentou um tanto sem jeito.
- Sou o comandante mais sei pouco sobre o Sistema. Então agora quero saber o básico sobre o funcionamento do Sistema. O que tem a me dizer.
- Em sendo sobre o básico posso lhe explicar tudo.
- Quer dizer que existe algo mais do que o Básico?
- Sim Cmte Jotha.
- Então me explique tudo.
- Bem senhor. O Sistema é um Super Computador que ocupa uma sala especial destinada somente para ele. Ele é telemental e é alimentado energeticamente como as nossas naves pela mente de toda a tripulação e da População Molecular e o funcionamento dele é autônomo.
- Mais vocês oficiais do Sistema não são quem administram e o manipula?
- Em determinados aspectos sim, mais necessariamente não, pois ele é auto suficiente. Apenas administramos o modo como as pessoas podem interagir com ele e isto já é uma tarefa formidável e prazerosa.
- Entendo. Mais como funciona esta complexidade de tráfego de informações, arquivamento e coleta de dados?
- O Sistema está em sintonia com o todo mental da População Molecular, das tripulações e pode contatar qualquer informação que esteja circulando na aura do planeta e toda informação que lhe chega é escaneada e o que é considerado lixo de informação é descartado.
- Bem todo computador ou supercomputadores trabalham embasados por  sistemas operacionais acoplados entre si no caso do nosso Sistema como isto é realizado?
- Aí é que o senhor vai ter uma surpresa. O sistema Operacional de nosso Sistema é a Ciência Aieme.
- Para mim está sendo um pouco difícil de acreditar. No meu entendimento a área de atuação do Aieme é somente e especificamente na área de educação em todos os seus nuances.
- Senhor para qualquer lado que a pessoa se virar pensando em informação ou dados vai se deparar com a necessidade de utilizar o Aieme.
No futuro, em uma data que não posso precisar, existirá um idioma universal e ele já está sendo estruturado pelo Sistema usando o alfabeto e idioma do Aieme como base e apesar disto, nenhum idioma será extinto, pois qualquer palavra que tenha sido escrita ou falada no passado ou que venham a ser proferidas no presente e no futuro está visceralmente arquivada dentro do Aieme.
Dispensei o oficial e ele se foi. Sentado na ponte, divagava observando a estrela Betelgeuse e pensando na minha Mãe e nos golfinhos.
Um perfume suave denunciou uma presença feminina. era Aiamy uma oficial andina.
- Desculpe Cmte mais não pode ficar assim com este desgaste emocional. Vim de sua casa agora e a Mãe está bem.
Ia lhe responder quando o oficial do Sistema segurando uma espécie de tablet me disse:
- Cmte Jotha só para completar a nossa conversa ouça esta informação; o Super Computador mais veloz construído pelos terráqueos até este momento possui as seguintes características: funciona com a velocidade de 16.32 petaflot/s e tem um armazenamento da ordem 1,6 petabytes de memória RAM.
O nosso Sistema funciona com 502 petaflot/s e um amarzenamento de 256 youttabytes de memória RAM e se atualiza semanalmente.
Agradeci a informação e dei um suspiro profundo. Aiamy segurou minhas mãos entre as suas e uma mão bateu no meu ombro, e me virei para ver quem era. Era o Santo Piá.
- Cmte Jotha tenha em mente isto: A Sorte e a Morte são desígnios dos Céus ou de Deus.
**** 

**** O olho que dizem que tudo vê, olha o Mundo e não me enxerga pois no Ontem não era, no Hoje não é e no Amanhã nunca será. No entanto Eu olho o Mundo e o olho que dizem que tudo vê: Eu o vejo e o enxergo pois no Ontem Eu era, no Hoje Eu sou e no Amanhã sempre serei porquê na Eternidade das Eternidades, Sou Um de D*E*U*S*.

**** Eu vim, vi e venci e nem “eles” me viram nem tu me viste.
**** Um abraço a todos, até o próximo artigo e Inté.
**** Independência ou Sorte. O Aedo do Sertão

**** Fim.

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