Os elefantes, pacientemente aguardam, que seus idosos e machucados se desloquem, para acompanhar o caminhar da manada.
Nos seus costumeiros deslocamentos em busca de alimentos, os lobos por prevenção, organizam os mais jovens, fortes e agressivos, na retaguarda da alcateia. Para garantir a segurança de seus idosos e doentes resguardando-os de possíveis ataques de predadores. Se algum deles, se pressupondo espera morte, a alcateia aí se estabelece até o desfecho dos acontecimentos.
O óbvio é que essas ações são encetadas por uma Liderança autêntica.
Os elefantes assim como os lobos, são multi pluralistas em suas ações em função do Bem comum. No entanto, sendo em função do Bem comum o ser humano é individualista em suas ações. Pois geralmente não participa nem contribui.
O agir em função do Bem comum, é algo exsudado das próprias leis da Criação ou da Natureza. Isto é, são “Leis pétreas”.
O que pretendemos aqui, é analisar e compreender as atitudes de Professores(as) e Pais e Mães principalmente daqueles que são membros da Classe baixa ou mesmo do “Povo descendente” no geral.
As relações entre Professores(as) e Pais e Mães por mais que pareçam serem amigáveis, são regidas pelo cinismo social que mascaram a “a real opinião que a uma pessoa tem a respeito da outra”.
Não se trata aqui, de penalizar a personalidade de Professores(as) ou Pais e Mães mais, encontrar meios de como extirpar esta incomoda “sarna” do Corpo do todo Social. Para isso devemos considerar quais são os “porquês” que ensejam o acontecer dessas situações deveras desagradáveis e vivenciadas por Professores(as) e Pais e Mães no espaço da Escola. Conhecendo os respectivos “porquês”, podemos considerar que o problema está resolvido, mais na dependência de ações das partes envolvidas.
O primeiro “por que” talvez seja o de maior contundência nas relações entre as partes.
“Por que” queiram ou não, quando uma pessoa assume seu cargo de Docente, na visão da Classe baixa e até mesmo na média e na dos ricos, ela vista como uma pessoa “elitizada?”. A resposta é de que nessas Classes, as partições mais do que reais do “Povo descendente brasileiro” foram educadas subliminarmente para serem subservientes, temerosos e complacentes com os desmandos da Governabilidade. Pelas Matrizes e Grades curriculares impostas ao Corpo docente nacional e pelos mecanismos de propaganda e disseminação de notícias, propriedades da Iniciativa privada nacional. Somando-se a isso, as incompatíveis políticas de educação e cultura impostas aos países abaixo da Linha do Equador notadamente o Brasil pela ONU, UNICEF, UNESCO, BANCO MUNDIAL E FMI. Isso faz com que se implante na mente e no coração do Pai e Mãe principalmente nos carentes, aquele sentimento profundo de inferioridade, no relacionamento com pessoas de peso maior no que sejam, conhecimentos e cultura.
O segundo “por que” é oriundo de duas Formas consciências antagônicas entre si. “Por que” uma é a “Aceitação de fatos, ações, coisas e desfechos” e a outra é a “Não aceitação de fatos, ações, coisas e desfechos?”.
Vamos às explicações.
A primeira, embala a pessoa na apatia a tudo e no conformismo piegas. A segunda embala a pessoa no questionamento a tudo e no inconformismo agressivo.
Ao se observar um diálogo entre Professor(a) e um Pai ou Mãe de aluno, a partir da primeira proposição. Podemos notar o ar de humildade e conformismo da pessoa que com toda a observará o(a) docente como senhor(a) de todas respostas e soluções que lhe poderiam ser repassadas. Subliminarmente o(a) elege como um(a) Líder em potencial.
Ao se observar um diálogo entre Professor(a) e um Pai ou Mãe de aluno, a partir da segunda proposição. Podemos notar o ar de irreverência e inconformismo da pessoa que com toda a certeza observará o(a) docente como senhor(a) de todas respostas e soluções que lhe poderiam ser repassadas. Subliminarmente o(a) elege como um(a) Opositor(a) em potencial devido às condições sócio econômicas do país.
Nos dois casos, se o(a) Docente não administrar o diálogo com eficácia, a relação fica estremecida.
Note bem que não se está analisando apenas, o Pai e Mãe carente, mas também o número incontável de Pais e Mães da Classe média que perderam o poder aquisitivo nos últimos anos, e tiveram que recorrer à Escola pública tradicional para educarem os filhos.
O terceiro “por que”
“Por que” as gerações da década de 1970, 1980 e 1990 não tiveram o devido aporte de uma “educação escolar"de qualidade para se tornarem Pais e Mães por excelência e ter a posse de uma “Sã Cidadania?”.
No hoje, despreparados não sabem como encetar o diálogo franco com a Docência da Escola.
O quarto “por que”
“Por que” ao se encetar contatos ou diálogos, a Docência se apresenta com ares de “patrícios e “Pais e Mães com aspectos de plebeus?”
Aí vai à explicação:
A ciência oficial e mesmo os metafísicos, esoteristas, religiosos e pesquisadores outros, nunca deram uma resposta conclusiva do que sejam “as funções e disfunções do Inconsciente Coletivo Humano”.
O Inconsciente Coletivo é quem determina as ações dos membros de uma colmeia ou formigueiro. Será que também não determina o comportamento dos seres humanos?
Tendo como marco para raciocínios, a revolução — golpe de 1964, a partir dessa data, paulatinamente, a Docência brasileira gozando de altos salários e privilégios na Iniciativa privada, foi vista como uma “Elite” no seio da “Elite de descendentes”. Só que, um número incontável de Docentes continuou a lecionar na Escola pública.
Temos como claro e natural, que os(as) jovens docentes em contato com aqueles profissionais bem sucedidos, se sentiam inferiorizados. Principalmente aqueles(as) que não tinham condições de se aperfeiçoarem naquele momento.
Gradualmente porém, o “Inconsciente Coletivo da Docência pública,” contagiado, passou a se expressar como o “Inconsciente Coletivo da Docência privada.” administrando a postura social dos Professores(as) da Escola pública, até no hoje.
Porém, a partir da década de 1990 devido à situação sócio econômica do país, O Ensino privado passou a não ser o El dourado da educação. Pois, o lucro passou a ser o objetivo principal da Escola privada. Visto isto, a sua Docência foi perdendo ganhos e se equiparando em termos sociais a Docência pública. No entanto as duas continuaram postular seus aspectos comportamentais aristocráticos.
Essa aparência de “patrício” do(a) Docente estremece a Mente e o Coração do Pai e Mãe “plebeu” e até mesmo os de Classe média e a relação fica estremecida mesmo que eles não se deem conta da ocorrência. Pois quem determina as ações, é o “Inconsciente Coletivo da Docência pública e o Inconsciente Coletivo de Pais e Mães.”
Ainda, a partir do discorrido sobre o comportamento coletivo de elefantes e lobos, podemos julgar a respeito do comportamento individual e coletivo dos Seres humanos e, principalmente do seu Corpo docente. Que no caminhar pela estrada da vida, não esperam pelos retardatários e muito menos por aqueles que não conseguiram transpor os obstáculos. Significando isso, que o egoístico Individualismo determina as ações, que administram o Todo social.
O Todo social é administrado por um Sistema organizado por um Grupo ou mais de um Grupo harmônicos entre si. Se ações são efetivadas, resultados acontecem. Se os resultados acontecem será em função do Todo social. Não sendo em função do Todo social por certo, será em função do Sistema. Se o Sistema não é o contemplado, o desfrute dos resultados será de um Grupo ou Grupos harmônicos entre si, nos objetivos e interesses.
O “Inconsciente Coletivo”, é uma “Forma consciência” manipulável.
Ao nível de Brasil, como um Grupo ou Grupos organizam o Sistema, eles manipulam através do mesmo, “usando processos subliminares mágicos", de acordo com seus interesses, tanto o “Inconsciente Coletivo do Todo social”, assim como o “Inconsciente Coletivo da docência brasileira” extirpando através dela o interesse da Docência pela formação de Grupos, Associações, Cooperativas e até mesmo a Cidadania.
Isso, para evitar uma aliança entre Docentes e Pais e Mães que resultaria inegavelmente, mais cedo ou tarde, na instituição sintomática de um Organismo, que a partir das bases, pleiteando, propondo, contra propondo e até se opondo participaria da governabilidade do país. Sendo isto o 4.° Poder da República ou qualquer estado de direito, que Platão ou os gregos não pressentiram.
Tais raciocínios, explicam a postura da Docência em relação a Pais e Mães.
Todavia, no seio da Docência brasileira, existem muitas pessoas “atípicas” e os “atípicos” quando despertos, costumam contribuir para o deslanche social de seu país.
Os alquimistas, profetas, pensadores, magos e filósofos do passado não pressentiram e os do hoje não pressentem o que seja uma “Liderança abstrata atuante”.
Os elefante e lobos possuem suas lideranças, talvez sejam abstratas, a partir de nossa visão. Porquê não usam a voz, a palavra falada e não usam a escrita. Limitam-se ao uso dos uivos, rosnares e a estridência dos gritos.
Mais o Ser humano pode usar sua voz, a palavra falada e escrita, livros, caneta e papel e sua insinuante postura de forma abstrata mais atuante.
O Professor(a) é uma “Liderança abstrata não atuante mais pode ser atuante” e talvez não se apercebam disso. No hoje, compete ao Docente instruir, instar, sugerir, incentivar e mostrar a Pais e Mães a Reta e a Rota que a Sociedade deve trilhar rumo a um Futuro possível e realizável.
Os Pais e Mães brasileiros, não são elefantes nem lobos e não possuem “Lideranças físicas confiáveis”.
Então Professor(a), mãos a obra?
Tupã omogaraiba, yavvé ara catú omehê peeme!
(Deus vos abençoe e vos dê também tempos felizes)
Independência ou Sorte.
