Assentados no “Hoje”, podemos observar que ele começa a ser atingido pelo futuro, a ressaca de um passado de caos principalmente na área de Educação. Que esta “ressaca” prevista para o amanhã não se materialize no “Hoje”. Principalmente desestabilizando a Educação pública nacional quase falida. Novas ações progressistas devem ser encetadas pela governabilidade da educação no país. Para o soerguimento da Escola pública e da Cidadania brasileira.
Como a “Elite de descendentes” assentados na governabilidade da nação nunca sentiram “o fedor da catinga da miséria e os sem deslanche das escolas”. Nas periferias, favelas, morros sem posse e nos ermos dos sertões, a Docência e Pais de alunos ombreados, em parceria, devem procurar e raciocinar soluções. Pressionar os órgãos de governabilidade do país se torna imperativo e dialogar com as possíveis lideranças das Classes sociais também.
Entenda-se que é muito complicado estabelecer esta parceria devido à aversão e desconfiança que existe no relacionamento entre as partes. Por um lado os Pais reclamam da postura despótica em relação a seus filhos. Não entendendo eles que as ações na sala de aula ou no pátio são determinadas pelo Educador e em hipótese nenhuma sua autoridade pode ou deve ser questionada. “Mestres ou Mestras são educadores e orientadores, mais não são babás”. Por outro lado, os professores reclamam da não participação dos Pais na educação dos filhos. Assim como a ausência de diálogo e questionamentos sobre o desenvolvimento dos mesmos a partir de solicitações da Escola.
A consecução desta Parceria parece ser impossível. O que fazer então?
Assim como os Pais da Classe Baixa, os Pais da Classe Média e Ricos não possuem um discernimento consistente de seus direitos e deveres no contexto da Sociedade. Acomodados, não lhes passa pela cabeça as causas preferenciais, pontuais e expectativas da Docência e da Escola pública. Relegando a mesma para um plano inferior, reconhecendo a Escola privada como expoente na Educação em detrimento da Escola pública e de seu Corpo Docente.
Visto isto, no “Hoje”, parece que uma parceria entre Professores e Pais é inviável ou humanamente impossível no Brasil.
Partindo do princípio metafísico de que todo problema apresenta uma solução à vista. Se a mesma não está vista, ela dormita no abscôndito do inconsciente coletivo. Cabe ao interessado no solucionar raciocinar e agir. A ação é superior à contemplação teórica.
Partindo desta premissa, podemos tecer as seguintes considerações para se encetar parcerias que resulte numa Aliança ou Pacto social.
Países como, Finlândia, Coreia do Sul e outros que são expoentes de Educação verificaram que um fator emperrava seu progresso. A Escola pública básica sem suporte de verbas e insumos adequados, não oferecia uma educação compatível com o deslanche da modernidade global. Ainda mais que, não estavam em correspondência com as necessidades dos alunos o didático e o pedagógico empregado. Fragilizada a Escola o desprestígio da Docência se tornou inevitável no seio da sociedade nestas nações.
O comprometimento com a Escola pública tornou-se prioridade nestas nações. Mais verbas e insumos aplicados, permitiram salários compatíveis com as expectativas e valorização profissional e social do Professorado nestes países. Este comprometimento ao nível nacional fez com que uma Aliança ou Pacto social acontecesse, pois, em tais nações participam efetivamente do deslanche escolar a governabilidade do país, sua sociedade, pais de alunos e famílias, a Docência nacional e empresas privadas.
No Brasil a situação é diferente. A governabilidade do país subjugada pelas imposições colonialistas da ONU, UNICEF, UNESCO, FMI e Banco Mundial na área de Educação é deveras inoperante. A “Elite de descendentes” dona e gestora da Escola privada não tem interesse em revitalizar a Escola pública. Os Pais de alunos, famílias e a Sociedade geralmente, desinformados, não tem conhecimentos e não entendem a causa. O Professorado desestimulado pelos salários vis, sem Liberdade de Cátedra, sem autonomia e sem apoio da Sociedade cumprem apenas a rotina do dia a dia.
Mesmo assim muitos Docentes teimosamente a partir da sua visão pessoal, tentam modificar esta situação adversa. Inovando por sobre o didático e pedagógico convencional na sala de aula.
Desta situação e seus desdobramentos os países expoentes em educação se conscientizaram e tomaram como exemplo, a milenar vivência chinesa. Apesar do radical conservantismo na área de Educação a China sempre propugnou os valores do homem de cultura no caso os Professores. Naquela nação, antes da revolução comunista eram olhados com respeito e admiração pela sociedade. Todavia no “Hoje”, a China procura resgatar a imagem de seu professorado.
Um importante sistema educacional nunca poderá ser instituído se a importância do Professor for subestimada.
Asseverando o papel do Professor, a China contribuiu de maneira permanente com a civilização.
Está descartada a hipótese do Brasil seguir os caminhos que trilham as nações expoentes em Educação. As carências e expectativas da Educação básica e Superior brasileira são outras. Por força das suas Tradições e da Cultura nacional uma soma de múltiplas culturas oriundas de inúmeras etnias.
Essas considerações nos permite afirmar que só através das “Reais ações do Professorado brasileiro” pode-se resgatar a estabilidade da Escola pública. Em todos os níveis assim como o futuro da Sociedade brasileira.
No entanto, havemos de convir que qualquer atitude publica do Professorado não será bem vista pela governabilidade do país. E muito menos pela sociedade, pois a mesma foi “educada” para entender que as reivindicações do operariado e os movimentos populares são provocados por agitadores sociais. Ativistas das ideologias comunistas e socialistas contrários ao liberalismo capitalista. Doutrina ou credo da governabilidade do país.
Todas as Revoluções vencedoras ou não, foram embasadas pelos canhões e o fio da espada. Todavia, essa Revolução proposta a partir das ações do Professorado brasileiro usará armas mais do que incomuns. Caneta, papel, livros e informações diferenciadas e confiáveis.
E, porque afirmamos isso? Queiram ou não as “Elites intelectuais descendentes” da nação e do Primeiro Mundo, o Brasil é uma Civilização Emergente. Isso nunca é notícia nos jornais televisivos ou parágrafos específicos em livros, jornais e revistas. Muita coisa e empreendimentos saudáveis estão ocorrendo de norte a sul do Brasil. Mais a Mídia não os considera e não disponibiliza informações sobre os mesmos. Pois, tais ações poderiam despertar a Cidadania e o orgulho pátrio. Contrariando então os interesses da Nova Ordem Mundial nos seus aspectos de capitalismo neoliberal, das “Elites de descendentes inter nacionais, das nacionais” e até mesmo da Igreja Católica. Haja vista que o Papa Francisco tem ojeriza a estas palavras; Nacionalismo, Cidadania e Soberania nacional.
A Igreja Católica também propugna uma Nova Ordem Mundial a seu modo, embora cerre fileiras com o Processo Civilizatório Ocidental sobre o tema.
Analisando em minúcias o Tema temos que reconhecer a dura realidade em termos da Educação Nacional quase falida. Ela tem que se soerguer, pois, somente ele tem condições de preparar os jovens para assumirem o destino desta Civilização emergente. Apesar de que, transcender os muros da escola é desafiador, mas inevitável para uma escola no século XXI.
Com toda a certeza ao nível do Brasil, está nas mãos do Professorado as decisões. Pois somente o Professorado pode à partir de sua Escola, atrair a Classe Baixa, a Média e a Rica ou seja a Comunidade. Para efetivar uma Aliança ou Pacto social ou a Revolução das Revoluções.
Independência ou Sorte.
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