quarta-feira, 23 de março de 2022

Aliança ou Pacto social


Não existe em nenhum país abaixo da Linha do Equador uma Aliança ou Pacto Social que aglutine os interesses divergentes das suas classes sociais. Que aglutinados, poderiam ser administrados facilmente pela governabilidade da nação. O egoísmo das Elites, o descaso dos Ricos, a impudicícia da Classe Média, o despreparo educacional e cultural da Classe Baixa, permitem o corroer da Cidadania e a desfiguração da Soberania nacional.

Corroída a cidadania e desfigurada a Soberania nacional qualquer nação se torna presa fácil das “Elites predadoras” (inter)nacionais. Elas estão á serviço da “Elite piramidal” que determina as ações e o rumo de Tudo e de Todos no planeta.

Enfatizamos que uma nação se constitui de Classes sociais. A “Elite de descendentes” e os “Povos de descendentes” constituídos de Ricos, Classe Média e Classe Baixa mais são dispares nas ações e anseios.

A “Elite de descendentes” tem à mão a governabilidade e a administração da nação e o “Povo de descendentes nacional” a operacionalidade da nação em todos os sentidos. Para se perpetuar no poder, a “Elite de descendentes” procura por todos os meios possíveis manter as outras classes sob seu domínio, principalmente mantendo a Classe Baixa na ignorância, boicotando o seu acesso a direitos e lhes impondo deveres outros. Além de corromper a Classe Média e os Ricos.

Repetimos; a história das sociedades nos atestam ser da Classe Média que surgem os Líderes quer sejam para o bem ou para o mal. Destes, os que interesses pátrios propugnam, são “atípicos” cidadãos.

Sem dúvidas a posição da Classe Média no contexto da sociedade é único. Ela está em correlação com a Classe Baixa, coexiste com a Classe Rica, se equipara a Elite mais a reciprocidade não acontece. Na ceia da Elite, jamais será convidada para sentar à mesa.

A “segurança” material e social da Classe Média está assente na firmeza e consistência da “estabilidade” material e social da Classe Baixa. Não existindo tais “estabilidades” e “seguranças” nenhum membro da Classe Média ascenderá facilmente a Classe dos Ricos.

Como em parágrafo anterior asseveramos ser da Classe Média que surgem os Líderes, conclamamos àqueles que se pressupõem Líderes em suas respectivas nações. Que atentos estão aos interesses pátrios que edifiquem a Cidadania de sua nação! Pois, os Ricos e especialmente a Classe Média pode influir e muito nas decisões sobre o futuro de seu país.

Preservando sua educação, sua cultura, seu solo pátrio e sua Cidadania.

No Brasil isto acontece e o demonstrado aqui pode servir de material de estudo e reflexão para Lideranças de outras nações.

Assim como os órgãos de governabilidade do país; 1.º, 2°, e 3.º escalões e setores. Os órgãos ou instituições de representatividade dos profissionais de educação e dos educandos de nível superior, estão repletos de apátridas. São brasileiros com ligações diretas com a Iniciativa privada. No sorrateiro, respaldados pelos seus cargos ou funções truncam as soluções que beneficiam a Escola pública mais removem prontamente qualquer obstaculo que esteja impedindo o deslanche de soluções que vão beneficiar a Iniciativa privada.

Tudo isto acontece porque o “Povo de descendentes brasileiro” não utiliza a força de seu 4° Poder com o qual poderia agir e interagir, propor e contrapropor e o fiscalizar as ações no abscôndito dos recintos de governabilidade e das instituições representativas da Docência e Discência brasileiras. O agir e interagir, propor e contrapropor e o fiscalizar podem muito bem ser embasados pela Ciência Oaieme e seus Métodos.

O caos da Escola pública em primeira instância é a ganância desmedida da Iniciativa privada de educação. Sedenta de lucros cada vez mais consistentes que se tornam fétidas cicatrizes no corpo da governabilidade da nação. Se o “Povo descendente brasileiro” dialogasse ou debatesse em função do Bem Comum, muitas ações de reais teores poderiam ser desencadeadas na área da Educação mesmo que, a Iniciativa privada de educação continuasse a atuar no palco, mais, às suas próprias custas.

Como líderes ou heróis, os membros da Classe Média principalmente devem agir. Superando o antipático dos relacionamentos, devem se aproximar dos membros da Classe Baixa e da Classe dos Ricos demonstrando as incertezas do futuro educacional de seus filhos e concitando-os à ação.

O caos da Escola pública brasileira se faz presente pela ausência do agir e interagir, propor e contrapropor que deveriam ser acionados com firmeza pelo “Povo de descendentes brasileiro”.

A Educação pública brasileira é causa nacional. Que se apresentem líderes e Heróis! Se o Problema está demonstrado, que se encete as ações.

O caos da Escola pública em segunda instância é causado pelo “sem rosto explicito”, da Docência brasileira e suas instituições representativas desarticuladas e sem força política. Somado a isso temos que entender a situação do docente brasileiro.

Após 1960, capitalizados com os 30% retirados dos 12% das verbas de educação, a Iniciativa privada pode com tranquilidade contratar os melhores profissionais da Escola púbica brasileira desestabilizando a mesma. Passaram-se mais de 60 anos e a Escola pública brasileira ainda não se refez do desastre.

No hoje, a governabilidade do país e sua gestora a “Elite de descendentes” manipulam tecnicamente e por Leis contraditórias, o destino da Escola e Docência pública brasileira como é o caso explícito do Fundeb. Tais arranjos técnicos e jurídicos ensejam a paulatina transferência da Escola pública e dos níveis superiores de ensino para a Iniciativa privada assim como a transformação de Docentes em simples “operários do ensino”.

Havemos de convir que o futuro da Docência brasileira é incerto.

O caos da Escola pública em terceira instância é causado pela perca salarial da Docência brasileira através dos anos. Ainda mais que; não existia um piso salarial definido para a classe. Todavia a Lei N°11.738, de 16 de julho de 2008 sancionada por Lula no seu segundo governo veio regulamentar o piso salarial profissional nacional para os profissionais do magistério público da educação básica.

Mais analisando o tema e os fatos temos que entender que o sancionado foi apenas uma operação “tapa buracos”.

Considerando o fim do segundo governo Lula, as perdas salariais foram progressivas compreendendo o período 01/07/2010 a 31/12/2021.

A carreira do PCCTAE (Lei11.091/2005) obteve, no período calculado, reajustes lineares.

Já a carreira do EBTT (Lei 12.772/2012) obteve, no período calculado, reajustes diferenciados.

A carreira do PCCTAE e a carreira do EBTT obtiveram reajustes salariais em 2012 e 2015 por greves. No hoje, com o reajuste de 33,24%, o piso salarial dos professores do Ensino básico é de R$ 3.845,63.

Estados que atualmente pagam mais Estados que atualmente pagam menos

Distrito Federal……..R$ 5.167,64 …………... Sergipe ………………... R$ 2.797,33

Pará ………………...R$ 4.341,34 …………… Alagoas .………………...R$ 2.550,29

Maranhão…………...R$ 4.223,44 …………... Ceará ………………….. R$ 2.496,07

Santa Catarina……..R$ 4.219,02 …………….Amapá …………………..R$ 2.078,36

Mato Grosso ……….R$ 4.187,99……………. Rio Grande do Norte .… R$ 1.798,51

Mato Grosso do Sul R$ 4.071,85

A desigualdade de salários nos estados, sem o acontecer de melhorias, provoca a insatisfação profissional que vai se refletir nas praticas do ensinar.

Observamos que os profissionais de Educação através de greves, conquistaram avanços salariais mais nunca organizaram greves em defesa da Escola pública. Notadamente neste período 2010/2022. A defesa da Escola pública no hoje, se resume aos debates nos meios acadêmicos mais não sai às ruas. A Docência brasileira tem de entender que defender a Escola pública é defender seus salários e seu futuro.

O caos da Escola pública em quarta instância é causado pela ausência de diálogo entre as Classes Média, Rica e a Escola pública e entre Professores, Pais de Alunos e a Comunidade. Dialogo houvesse entre estas partes, o dia a dia da Escola pública e seu futuro seria outro. A personalidade elitista dos professores da Iniciativa privada emigrados, impregnou a mente e o coração de seus congêneres da Escola pública. Pois, até no hoje, eles olham Alunos, seus Pais e a Comunidade de “cima para baixo”.

Todavia, atualmente estas classes profissionais se nivelam. Com os salários aviltados, os docentes da Iniciativa privada estão tão desvalidos como os da Escola pública.

Tais professores, independente de sua Classe Social, são membros do “Povo de descendente brasileiro”. Urge assim que a Classe Rica, a Média, a Baixa, Pais e a Comunidade dialoguem e encetem ações de reais teores em função do futuro de seus filhos e da Escola pública brasileira.

Uma Aliança ou Pacto social pode ser instituido para preservar a Cidadania e a Soberania de toda a Brasilidade.

A Ciência Oaieme e seus Métodos, propugnam a organização da Sociedade a partir da Escola e isto se contrapõe aos interesses particulares dos Três Processos Civilizatórios, o Ocidental, o Eurasiano e o Afro asiático ou islâmico.

Por sobre os escombros dos sistemas de governabilidade em decadência, pode-se edificar uma Nova Ordem Social. O Quarto Processo Civilizatório é uma realidade, a Civilização emergente, o Brasil. Pois “altivo” já acordou de seu berço esplêndido e começou a caminhar.

Muitos membros do” Povo de descendente brasileiro” perceberam isto e estão atentos aos acontecimentos.

Ou você os acompanha na caminhada, ou fica sentado na beira da estrada com a cuia na mão.

Independência ou Sorte.



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