quinta-feira, 21 de julho de 2022

A classe media em crises

Os pilares abstratos que sustentam a grande obra da Civilização, que vivência uma construção e reconstrução constante, são as “Formas consciências” Ética, Razão, Moral e Amor. As concretas são, a Escola, Constituição, o Código Civil e a instituição Família.

As concretas, os pilares físicos, estão na base da construção e a tudo sustentam e os pilares abstratos em torno da obra, determinam a estética e o esplendor de sua arquitetura.

Sutilmente demonstramos em artigos anteriores, como os pilares Escola e Família estão ruindo, a Constituição e o Código Civil corroídos devido à substituição da Ética pela Aética, da Razão pela Incoerência, da Moral pelo Sórdido e do Amor pelo Desamor. A Escola bem como a Família, a Constituição e o Código Civil são bens inalienáveis, causa e cisas públicas e devem ser a preocupação de todos.

Mais não são eleitas como “preferências ou prioridades” nas ações encetadas pela Governabilidade do país e muito menos lembradas ou seus préstimos considerados ou discutidos, no seio de uma sociedade elitista, como é a do Brasil. Preconceituosa, obtusa, iletrada e sem anelos a Cidadania.

Urge então que o Cidadão ou a Cidadã, acordados, “atípicos ou não”, que percebem esta situação constrangedora se assuma, use seus procedimentos mágicos e atue. Coletiva ou individualmente, em função da Escola pública, da Docência nacional e da Instituição Família.

Todavia, no seio da Docência brasileira, existem muitas pessoas “atípicas” e tais pessoas quando despertas, costumam contribuir para o deslanche social de seu país.

Ainda mais que; a Ciência Oaieme e seus Métodos de Ensino, Estudo, Pesquisa e Análises estão à mão, disponíveis para as ações.

Em artigos anteriores, muito se dissertou sobre as qualidades e responsabilidades das Lideranças populares em sua maioria oriundos da Classe media. Tais Lideranças a partir dos meados da Era Moderna começaram a liderar revoluções, processos reivindicatórios específicos e elevaram com suas lutas, os níveis sócios políticos de suas populações nacionais. Lhes permitindo assim, um acesso maior aos “bens materiais e imateriais” de suas respectivas nações.

No entanto, a partir do pós Segunda Guerra Mundial, tendo como marco para raciocínios a década de 1950, várias revoluções aconteceram no mundo. Tais revoluções, demonstrariam o abismo que existiam e ainda persistem entre as Classes dominantes e suas respectivas populações nacionais.

Essa onda de eventos revolucionários afetou sobremaneira o Brasil, sendo que com a volta do Estado de direito e do próprio Getúlio Vargas ao poder em 1951, os movimentos sindicais se rearticularam e passaram atuar nas cidades e nos campos. Essa, é uma das razões que tornaram a (o) República de 1945 – 1964 e, nela, o segundo governo Vargas, um momento especial do processo de expansão da Cidadania brasileira.

Apesar disso, o progresso das cidades contrastava com a pobreza da população rural e isso veio provocar o êxodo da mesma para as principais urbes. Mesmo assim, os sertanejos liderados pelo deputado Francisco Julião, fundaram as Ligas Camponesas em sua segunda versão em janeiro de 1955. Pois a primeira foi desmobilizada pelo general Eurico Gaspar Dutra e só voltou a se organizar em 1954.

Todavia, o golpe militar de 1964 destroçou as Ligas Camponesas e as lideranças do PCB e dos Camponeses foram assassinadas, presas ou tiveram de fugir para o exterior. Assim se findou um movimento sério e autentico do sertanejo brasileiro.

Tornou-se claro, a partir de 1964, o distanciamento entre as Classes sociais brasileiras. Os sindicatos, o operariado, movimentos populares e os movimentos estudantis na prática, representavam perante a nação, a Classe baixa brasileira.

Por um outro lado a “Elite descendente”, os Ricos e a Classe media em seus altos e baixos representavam e advogavam os interesses da Iniciativa privada nacional e internacional, dos Latifúndios e das propostas emergentes de implantação do neo liberalismo. Na visão de tais Classes, sindicatos, o operariado, movimentos populares e os movimentos estudantis assim como a Classe baixa eram repositórios dos “ideários” socialistas e comunistas.

E isso se enraizou profundo no Inconsciente coletivo da Classe média. Só que ao se aproximar da “Elite descendente” dos Ricos e da Iniciativa privada e suas partições, seus membros não previram que na ceia à mesa da “Elite descendente” dos Ricos e da Iniciativa privada jamais serão convidados.

O que queremos repassar com muita responsabilidade e certeza nas opiniões, é que no hoje, em qualquer nação deste mundo mergulhado em crises sociais, econômicas, políticas e bélicas, a Classe media que se corrompeu ao longo de décadas e agora, desprovida de Cidadania e recursos econômicos vê seus membros falidos. Em se falando do Brasil, sem apoio da “Elite descendente” e da Classe dos ricos, vamos encontrá-los no cerne da Classe baixa, nas periferias, morros sem posse e favelas que circundam as cidades.

Interessante é que os cientistas sociais, antropólogos, intelectuais e até teólogos mais aptos a discorrer sobre o tema, não o discutem em termos públicos nos meios acadêmicos.

A falência ou o desmilinguir da Classe media é irreversível em todos os setores da sociedade global. Isso foi premeditado a séculos, pelos pressupostos donos do planeta.

Ao nível do Brasil, cientistas sociais, antropólogos, intelectuais e até teólogos e alguém público de probo caráter, poderiam alertar os membros da Classe media. Que sua ascensão a Classe dos ricos, fica na dependência de suas competências profissionais ou empresariais que devem estar respaldadas pela pujança política e econômica da própria Classe media.

Porém esta pujança política e econômica da Classe media só subsiste se a segurança sócio econômica da Classe baixa existir.

Tendo por princípios esta afirmação e, em se pensando numa Civilização próspera, cujos conceitos e preceitos estão além dos raciocínios dos “ideários”. Capitalistas, socialistas, comunistas e regimes de exceção, o Ser humano em primeiro momento estará na Classe baixa, em segundo momento na Classe media, em terceiro momento na Classe dos ricos e em quarto momento será membro da “Elite nacional”.

O que queremos dizer é que este é o escopo metafísico e físico, divino e mundano de uma Nova Ordem Social”.

Mediante esta dissertação, com argumentos irrefutáveis, alertamos o Corpo docente nacional e a Pais e Mães principalmente os de Classe media. Que devem trabalhar com afinco e desenvolver ações que possam orientar, reeducar, unir e elevar os padrões de conhecimento da Classe baixa em função de seu acesso aos “bens materiais e imateriais” da nação.

Não em se fazendo isso, a Classe media em declínio, arrisca desaparecer sob os escombros de uma sociedade em crise ou no cerne da Classe baixa já ao rés do chão.

Tupã omogaraiba, yavvé ara catú omehê peeme!

(Deus vos abençoe e vos dê também tempos felizes)


Independência ou Sorte