quinta-feira, 19 de maio de 2022

A docência e os pais

Transcender os muros da escola é desafiador, mas inevitável para uma escola no século XXI

Assentados no “Hoje”, podemos observar que ele começa a ser atingido pelo futuro, a ressaca de um passado de caos principalmente na área de Educação. Que esta “ressaca” prevista para o amanhã não se materialize no “Hoje”. Principalmente desestabilizando a Educação pública nacional quase falida. Novas ações progressistas devem ser encetadas pela governabilidade da educação no país. Para o soerguimento da Escola pública e da Cidadania brasileira.

Como a “Elite de descendentes” assentados na governabilidade da nação nunca sentiram “ o fedor e a aca da catinga da miséria e os sem deslanche das escolas”. Nas periferias, favelas, morros sem posse e nos ermos dos sertões”, a Docência e Pais de alunos ombreados, em parceria, devem procurar e raciocinar soluções. Pressionar os órgãos de governabilidade do país se torna imperativo e dialogar com as possíveis lideranças das Classes sociais também.

Entenda-se que é muito complicado estabelecer esta parceria devido à aversão e desconfiança que existe no relacionamento entre as partes. Por um lado os Pais reclamam da postura despótica em relação a seus filhos. Não entendendo eles que as ações na sala de aula ou no pátio são determinadas pelo Educador e em hipótese nenhuma sua autoridade pode ou deve ser questionada. “Mestres são educadores e orientadores, não são babás”. Por outro lado, os professores reclamam da não participação dos Pais na educação dos filhos. Assim como a ausência de diálogo e questionamentos sobre o desenvolvimento dos mesmos a partir de solicitações da Escola.

A consecução desta Parceria parece ser impossível. O que fazer então?

Assim como os Pais da Classe Baixa, os Pais da Classe Média e Ricos não possuem um discernimento consistente de seus direitos e deveres no contexto da Sociedade. Acomodados, não lhes passa pela cabeça as causas preferenciais e expectativas da Docência e da Escola pública. Relegando a mesma para um plano de utilidade inferior, reconhecendo a Escola privada como expoente na Educação em detrimento da Escola pública e de seu Corpo Docente.

Visto isto, no “Hoje”, parece que uma parceria entre Professores e Pais é inviável ou humanamente impossível no Brasil.

Partindo do princípio metafísico de que todo problema apresenta uma solução à vista. Se a mesma não está vista, ela dormita no abscôndito do inconsciente coletivo. Cabe ao interessado no solucionar raciocinar e agir. A ação é superior à contemplação teórica.

Partindo desta premissa, podemos tecer as seguintes considerações para se encetar parcerias que resulte numa Aliança ou Pacto social.

Países como China, Finlândia, Coreia do Sul e outros que são expoentes de Educação verificaram que um fator emperrava seu progresso. A Escola pública básica sem suporte de verbas e insumos adequados, não oferecia uma educação compatível com o deslanche da modernidade global. Ainda mais que, não estavam em correspondência com as necessidades dos alunos o didático e o pedagógico empregado. Fragilizada a Escola o desprestigio da Docência se tornou inevitável no seio da sociedade nestas nações.

O comprometimento com a Escola pública tornou-se prioridade nestas nações. Mais verbas e insumos aplicados, permitiram salários compatíveis com as expectativas e valorização profissional e social do Professorado nestes países. Este comprometimento a nível nacional fez com que uma Aliança ou Pacto social acontecesse, pois, em tais nações participam efetivamente do deslanche escolar a governabilidade do país, sua sociedade, Pais de alunos e famílias, a Docência nacional e empresas privadas.

No Brasil a situação é diferente. A governabilidade do país subjugada pelas imposições colonialistas da ONU, UNICEF, UNESCO, FMI e Banco Mundial na área de Educação é deveras inoperante. A “Elite de descendentes” dona e gestora da Escola privada não tem interesse em revitalizar a Escola pública. Os Pais de alunos e famílias e a Sociedade nos gerais desinformados, não tem conhecimentos e não entendem a causa. O Professorado desestimulado pelos salários vis, sem Liberdade de Cátedra, sem autonomia e sem apoio da Sociedade cumprem apenas a rotina do dia a dia.

Mesmo assim muitos Docentes teimosamente a partir da sua visão pessoal, tentam modificar esta situação adversa. Inovando por sobre o didático e pedagógico convencional na sala de aula.

Desta situação e seus desdobramentos os países expoentes em educação se conscientizaram e tomaram como exemplo, a milenar vivência chinesa. Apesar do radical conservantismo na área de Educação a China sempre propugnou os valores do homem de cultura no caso os Professores. Naquela nação, antes da revolução comunista eram olhados com respeito e admiração pela sociedade. Todavia no “Hoje”, a China procura resgatar a imagem de seu professorado.

Um importante sistema educacional nunca poderá ser instituído se a importância do Professor for subestimada.

Asseverando o papel do Professor, a China contribuiu de maneira permanente com a civilização.

Está descartada a hipótese do Brasil seguir os caminhos que trilham as nações expoentes em Educação. As carências e expectativas da Educação básica e Superior brasileira são outras. Por força das suas Tradições e da Cultura nacional uma soma de múltiplas culturas oriundas de inúmeras etnias.

Essas considerações nos permite afirmar que só através das “Reais ações do Professorado brasileiro” pode-se resgatar a estabilidade da Escola pública. Em todos os seus níveis assim como o futuro da Sociedade brasileira.

No entanto, havemos de convir que qualquer atitude publica do Professorado não será bem vista pela governabilidade do país. E muito menos pela sociedade, pois, a mesma foi “educada” para entender que as reivindicações do operariado e os movimentos populares são provocados por agitadores sociais. Ativistas das ideologias comunistas e socialistas contrários ao liberalismo capitalista. Doutrina ou credo da governabilidade do país.

Independência ou Sorte.

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