segunda-feira, 4 de maio de 2015

A Sucuri dorme I

Por JB da Silva
Enquanto a sucuri dorme o esperto dragão está acordado e se movimenta.
Este é o exato retrato das relações Brasil China.
O que queremos demonstrar aqui é a situação do operário, do técnico, do executivo, e das empresas brasileiras de pequeno e médio porte.
Além do desemprego causado pela situação internacional, pela desgovernabilidade pública, pelo solavanco causado a Petrobrás, temos que nos preocupar com a quebradeira de nossa industria manufatureira e a questão dos produtos importados que considero um tema de Segurança Nacional.
Urge que a Classe Média, muito melhor informada, tome atitudes pessoais ou coletivas notadamente as pessoas que usufruem dos conhecimentos do 4°Poder.
É notório que o produto importado, principalmente os da China vem em um constante crescimento de compra pelos brasileiros o que acarreta a extinção de postos de serviço e o fechamento de um número considerável de industrias manufatureiras de médio porte em todo o território nacional por elas não terem condições de honrar suas dívidas até mesmo as do vínculo empregatício com seus operários, funcionários e execuctivos.
Sem políticas públicas concretas que as embase e as socorra, sem meios ou condições de se aparelharem a nível de tecnologias de ponta, sem operários qualificados e ainda tendo de enfrentar uma carga absurda de impostos, elas não têem como competir em igualdade de condições com suas concorrentes do exterior.
Some-se a isso tudo, a timidez do governo e a da iniciativa privada no que diz respeito a pesquisa de novas tecnologias e novos conceitos de industrialização e comercio que necessáriamente exige uma formação aprimorada e constante de pesquisadores em áreas prioritárias, execuctivos, engenheiros, técnicos e operários.
Ou nos igualamos em termos de pesquisa, produção, qualidade, agregação de valores e disponibilidade de produto, preço e transporte ágil ou mais cedo do que se possa imaginar o Brasil será apenas uma mera colônia econômica.
Não podemos esperar uma tomada de posição nem por parte das elites nem tampouco pelo cidadão comum pois são insensíveis aos fatos ou ações que possam afetar a Cidadania ou o futuro da Nação..
Alheia aos fatos, tanto a classe média como políticos siquer opinam a respeito de uma maneira eficaz e contundente a respeito de tão delicado Tema e se na Câmara ou Senado o assunto vai á baila, os discursos demagógicos e pautados em ideologias ultrapassadas tanto da esquerda como da direita, são nada mais do que meras retóricas vazias de conteúdo aliadas a uma dialética pejorativa que não estribam com propriedade as causas do problema em pauta; o atraso e o caos em que se encontram as industrias e atividades de médio porte que garantem impostos pagos, salário, emprêgo e estabilidade para a maior parte das famílias brasileiras. 
Há de se convir de que; apesar da ditadura, o Brasil até a década de 1980 passou por períodos de efervescente progresso que no entanto não beneficiou a toda a sociedade em igualdade de condições. Com a cultura enriquecida e o desenvolvimento humano melhorado, o Brasil esbanjando vigor parecia ter assumido o papel de País do futuro.
No entanto estes momentos febris de um Brasil progressista e dinâmico não tinham um embasamento concreto e sólido; as bases, eram frágeis. Avanços e retrocessos, pujança e paralisia iria ser o cotidiano até os dias de hoje.
Temos que aferir com seriedade e muita responsabilidade o potencial existente e os limites de ação impostos ao nosso desenvolvimento tecnológico bem como o consistente administrar o estabelecimento de metas e objetivos a cumprir a médio, curto e a longo prazo pois devemos ser modestos e admitir que o País ainda é uma Nação periférica e dependente e necessita que tenhamos de inovar sistemáticamente em todas as áreas de atividade para que o Brasil possa reconhecer-se como nação realizada no Concerto das Nações.
Devemos nós enquanto cidadãs e cidadãos brasileiros, estarmos conscientes de que não é o mercado nacional e internacional que deve gerir a organização econômica e social da População Brasileira mais NÓS ou seja: a Nova Ordem Social e a Nova Ordem Social, somos NÓS mesmos.
Devemos promover a articulação entre os direitos e os deveres, a economia e a política, entre mercado e o estado, entre o público e o privado, entre os meios de produção e a pesquisa e a conscientização disso deve se dar desde o Fundamental até aos níveis Superiores de ensino.
É claro e óbvio que o remédio a ser empregado no Brasil para solucionar suas crises não surtirá efeito de imediato, será necessário disciplina e coerência nas ações para seu emprego que pode resultar em resultados consistentes a curto prazo ou seja em três ou cinco anos.
Isto pode ser realizado obedecendo o seguinte cronograma:
1 - Idealizar ações, metas e objetivos principalmente nas áreas de industria de porte médio e atividades manufatureiras.
2 - Conscientização da População Global
3 - Desencadear as ações prioritárias
4 - Sistematizar a manutenção das metas alcançadas e objetivos
5 - Sistematizar a manutenção de pesquisa de novas metas e objetivos
6 - Auditar sistematicamente verbas e aplicações.
E devemos estar atentos a:
Recursos naturais ou seja, o eco sistema. 
Acordos, tratados, investimentos e políticas de cooperação mútua e parcerias. 
Desenvolvimento do mercado interno e resguarda do parque industrial.
Acelerar a organização sócio política e empresarial do “Brasil de Dentro” 
Está atento aos atos do governo, administradores públicos e políticos. 
Incentivar a poupança individual e coletiva. 
Estar atentos as necessidades da educação e da pesquisa. 
Promover a qualificação profissional antes da maior idade.
Acelerar e facilitar os processos de patentes. 
Conscientizar que devemos valorizar nossos produtos e nossa mão de obra comprando em princípio eles, mesmo que, seus similares importados estejam mais em conta.
Estas medidas não são “Protencionistas” e não são oriundas de atitudes xenófobas mais oriundas do direito inalienável de se defender o que é nosso assim como nossos direitos de escolha.
A bem da verdade temos que pautarmos nossos atos em relação aos artigos importados obedecendo a seguinte máxima:
Primeiro compramos o nosso produto, depois compraremos o seu”
E os chineses não ficariam aborrecidos desde que seus produtos estejam lado a lado como os nossos nas prateleiras.
Em 26 de Janeiro de 2013 alertávamos sobre o Perigo Amarelo, a China através do artigo De Ôlho no Dragão onde se explanou de maneira sucinta sobre as intenções dos chineses.
Nas relações com o Brasil e a China impera os trejeitos e sorrisos haja vista que na Conferência Rio+20 seu primeiro ministro Wen Jiabao a mais importante figura do evento propôs a criação de uma zona de livre comercio entre o Mercosul e a China.
Isto facilitaria os investimentos mútuos. Mais qual é o país da America Latina que tem condições de investir na China? A resposta coerente é esta: NENHUM. E com os acordos firmados a China ficaria à vontade para investir no Cone Sul aonde quisesse e como bem entendesse a partir de seus interesses. 
Na época as autoridades brasileiras festejaram o anuncio pensando que a China com esta declaração do seu ministro estava prestigiando o Brasil. 
Ingênuos “tupiniquins”, os chineses estavam cuidando nada mais nada menos de seus interesses na área da conquista de novos consumidores para seus produtos bem como a aplicação de seu capital em áreas específicas de lucro fácil e rápido como meios de transporte, petróleo, ferrovias e outras áreas de reais valores.
A bem da verdade, quando dialogamos com um chinês e ele sorri, não temos como saber se ele está nos prestigiando ou zombando da possível ingenuidade nossa.
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**** O olho que dizem que tudo vê, olha o Mundo e não me enxerga pois no Ontem não era, no Hoje não é e no Amanhã nunca será. No entanto Eu olho o Mundo e o olho que dizem que tudo vê: Eu o vejo e o enxergo pois no Ontem Eu era, no Hoje Eu sou e no Amanhã sempre serei porquê na Eternidade das Eternidades, Sou Um de D*E*U*S*.
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**** Eu vim, vi e venci e nem “eles” me viram nem tu me viste.
**** Um abraço a todos, até o próximo artigo e Inté.
**** Independência ou Sorte. O Aedo do Sertão
**** Fim.