Porque a Classe media, a dos ricos ou pressupostamente ricos demonstram arrelia, ou evitam o relacionamento com a Classe baixa, na medida do possível? Para dizer a verdade, um percentual significativo dessas Classes não se permitem agir desta forma, no trato, com pessoas menos favorecidas em termos sociais.
O caso ou questão é que; a “Elite de descendentes nacional”, assim como várias Classes sociais brasileiras são oriundas de várias etnias. Etnias estas que emigraram para o Brasil onde o somatório de nobres de menor porte, comerciantes, funcionários da coroa, burgueses, militares, o povo comum e pobre, assim como mercenários vieram constituir a Classe dos ricos, a Classe media e a Classe baixa da população brasileira.
A partir da implantação das Capitanias hereditárias, essas “etnias que se perpetuariam em suas descendências” paulatinamente foram se instalando nas terras brasileiras. Todavia, desde a implantação da primeira Capitania hereditária em Fernando de Noronha, se defrontaram com a forte rejeição às suas presenças pela Civilização Tupy, assim como por aqueles que emigraram para o Brasil muito antes do seu se apossar pelos portugueses.
A colonização assim como suas leis opressoras e escravagistas, de qualquer maneira atingiria os imigrantes menos favorecidos. Principalmente aqueles que já estavam aqui antes da descoberta. Espicaçando neles, o sentimento de “nós já estávamos aqui, nós chegamos primeiro”.
Claro e óbvio que a formação da sociedade brasileira se deu em princípio com as atividades extrativistas, implantação de fazendas de cana-de-açúcar e engenhos, serrarias e outros serviços essenciais. Sendo que a mão de obra empregada eram indígenas escravizados e imigrantes pobres que a eles vieram se juntar, os escravos oriundos da África.
A dificuldade de trato com os indígenas fizeram com que os portugueses empreendessem lutas contra muitas tribos, no nordeste brasileiro, a ponto de extinguirem através do genocídio, a tribo dos Caetés mesmo sendo eles, um número considerável de escravos nas fazendas e nos engenhos.
Na convivência do dia a dia, estavam juntos nas tarefas; indígenas, imigrantes pobres e escravos, que constituiriam a Classe baixa brasileira. Sendo que aqueles trazidos pelo colonizador foram empregados na administração da recém nascida Classe baixa brasileira.
Em termos precários mais constituída, a Classe baixa brasileira já exsudava “nós já estávamos aqui, nós chegamos primeiro”. A partir do raciocínio do imigrante pobre e o Nhandê Coive Ore Retama !(Esta terra é nossa) a partir do sentimento de rebeldia dos indígenas que contagiou deveras, a mente e o coração do Negro escravizado.
Há de se entender que esta Classe baixa primeira, ensejou a instituição de uma Classe media e a uma Classe de ricos formadas pela miscigenação das etnias indígenas, imigrantes pobres e escravos. E pressupõe-se que alguns membros dessas Classes “Nativas” se somaram a “Elite de descendentes brasileira”.
Isso, porém, no hoje em termos reais, não é pressentido pela Classe baixa, por um percentual expressivo da Classe media nem por alguns membros da Classe dos ricos que formam atualmente o “Povo descendente brasileiro, pois, deitados em berço esplêndido, permanecem adormecidos”. Acalentados em seu sono pela Musa do medo, da subserviência, do descrédito e da incompetência e esquecidos do seu nascimento nos primórdios da colonização.
Por certo, a partir do Século XVIII etnias de várias origens começaram a promover correntes de Migração rumo ao Brasil. Aqui instalados, esses imigrantes, mesmo considerando a miscigenação, assim como seus “descendentes” formaram uma nova Classe baixa, media e de ricos e muitos de seus membros foram se somar a “Elite de descendentes brasileira”.
As correntes de Migração foram muito profusas no Segundo Império a ponto de D. Pedro II em sua última Fala do Trono propor ao Parlamento uma espécie de Reforma Agrária para garantir a posse da terra a sertanejos e aos escravos recém-libertos. Até no hoje, o Imperador não recebeu resposta.
Assim a partir dos primórdios do Seculo XX o quadro da Sociedade brasileira passou a ser este.
A Classe baixa, a Classe media, a Classe dos ricos oriunda dos Predecessores pré descoberta do Brasil e pós descoberta e uma “Elite de descendentes” oriunda do colonizador.
Uma Classe baixa, Classe media, Classe de ricos oriundas das Correntes de Migração e uma “Elite de descendentes” que se somaram a “Elite de descendentes brasileira”.
As Classes sociais oriundas dos Predecessores e as oriundas das Correntes Migratórias jamais se harmonizaram entre si, salvo exceções, representada por um número insignificante de seus membros.
Essa desarmonia tem fácil explicação.
Tanto os imigrantes como seus “Descendentes oriundos” de Correntes Migratórias estão ligados umbilicalmente através dos costumes, tradições, cultura e religiosidade a sua etnia ancestral. Logo a Cultura brasileira, a Cidadania, o culto a Bandeira, os Valores pátrios não lhes fazem sentido e os sons do Hino Nacional lhes ferem os ouvidos.
Podemos sobre o assunto dar explicações matemáticas.
A População brasileira é formada por 38 etnias e suas descendências.
As etnias são:
Portugal 25.000000
Itália 30.000000
Africa 15.000000
Espanha 10.000000 a 15,000000
Líbano 07.000000
Alemanha 5.000000
Suíça 3.00000 a 04,000000
Japão 2.000000
França 2.000000
Polônia 1.500000 a 1,800000
Ucrânia 1.000000
Holanda 1.000000
Inglaterra 840000
Indígenas 1.108970
Suécia 500000
Tchecoslováquia 500000
Rússia 340000
China 250000 a 300000
Romênia 200000
Áustria 100000
Armênia 100000
Lituânia 100000
Hungria 80000
Croácia 75000
Irlanda 75000
Quilombolas 1.133106
Coreia 50000
Judeus 110000
Sul americanos(10) 700000
Estes números não fazem parte dos arquivos do IBGE, pois sobre o tema, o mesmo não tem informações a prestar ou não estão disponíveis.
Não existe um consenso a respeito da população de imigrantes Sul americanos no Brasil. Estim-se no entanto que eles são cerca de 70000 pessoas.
A partir de informações de instituições judaicas, os judeus somam 110000 sendo que 40000 são judeus sefarditas naturalmente oriundos de Portugal e Espanha em sua maioria.
Estes números, é o resultado do trabalho de pesquisadores autônomos, porém, existem alguns senões nas informações. Mediante isso se fez uma média dos resultados assim, temos uma totalização por aproximação.
Mediante os cômputos elaborados, a população de “imigrantes e suas descendências oriundas” na atualidade é de 115. 162 076 indivíduos que formaram uma nova Classe baixa, nova Classe media, nova Classe de ricos e alguns, um percentual muito significativo, se somaram a “Elite de descendentes brasileira”.
No hoje(23/07/2022), a população brasileira é 214 885 484 pessoas. Mesmo considerando a recorrência da miscigenação temos o seguinte quadro na atualidade:
“Imigrantes e suas descendências oriundas” 115.1462 076 indivíduos.
Somatório da Classe baixa, Classe media, da Classe dos ricos “Nativas”, de alguns membros alçados a “Elite de descendentes brasileira” e da Miscigenação.
99 723 408 indivíduos.
“Imigrantes e suas descendências oriundas” representam 53,9% da população brasileira e ocupam a maioria dos cargos nos três setores do país. Ou seja; a governabilidade, a iniciativa privada e as instituições sem fins lucrativos.
As etnias através de suas descendências mais atuantes na política e nos Três Setores da nação são; portuguesa, espanhola, italiana, libanesa, alemã, japonesa e judeus sefarditas.
A grande disputa interna no Brasil não é entre a direita e a esquerda ou entre o capitalismo e o comunismo. Mais entre os interesses predadores dos “Imigrantes e suas descendências oriundas” e, os pleitos das Classes sociais “Nativas” ao acesso ao “isso e aquilo” e ao “esse e aquele” cargo na governabilidade do país, bem como aos “bens materiais e imateriais da nação”. Ainda mais que: o sucateamento das instituições públicas é notório. Principalmente na área de Educação cujo projeto secreto da governabilidade do país é transferir para a Iniciativa privada, paulatinamente a gestão da Educação brasileira. O maior perigo e prejuízo para a Sociedade brasileira é a Iniciativa privada se assenhorar do “Programa Nacional de Educação” onde o Corpo Docente nacional efetivamente não terá assegurado seu futuro, quer sejam direitos trabalhistas ou ascensão salarial. Tanto como o Corpo Discente que pagará muito caro pelo seu deslanche educacional.
Prova disso é que a Iniciativa privada já começou a lutar para ter acesso às verbas do “Programa Nacional de Educação”.
Quando as Classes sociais “Nativas” pleiteiam benefícios e através de sindicatos e instituições correlatas, promovem greves por melhorias salariais e assistência social, são reputadas como “socialistas ou comunistas” e perturbadores da ordem pública pelos escalões dos Três setores de regência do país. Isso é uma maneira encontrada pela “descendência de imigrantes oriundas” no poder, para atacar e contra-atacar a Cidadania no geral. Ficando assim a salvo das sanções das Instituições internacionais que pugnam pela excelência do Estado de direito em termos democráticos.
Mediante tudo que foi explanado, entenda-se que uma nova forma de relacionamento deve ser instituído entre as Classes sociais no Brasil, para se salvaguardar as Instituições e a Cidadania deveras debilitada.
Este relacionamento, pode ser induzido a sociedade, de uma forma, sutil pelo Corpo Docente do país através das Escolas básicas e mesmo as do Ensino médio nos diálogos que tenham com Pais e Mães.
Fazer observar a Pais e Mães mais esclarecidos da Classe baixa, da Classe media, da Classe dos ricos e até da “Elite descendentes” ser imperativo para a sobrevida de sua Classe tomar uma atitude. Promover a estabilidade sócio econômica e a reeducação da Classe baixa. Este, é o recado a ser dado com prioridade nas Escolas, até mesmo, de uma forma subliminar.
Líder ou não, descendente dos “Predecessores pré descoberta” ou das “Correntes migratórias” se assuma e valorize a sua Cidadania brasileira pois,
Com muito amor, o sentimento mais profundo.
Respeite e ama este solo pátrio, em que vives e nasceste.
Pois não encontrarás em outra terra, ou em outro utópico mundo,
Um paraíso e lar, ou um país igual a este!
Tupã omogaraiba, yavvé ara catú omehê peeme!
(Deus vos abençoe e vos dê também tempos felizes)
Independência ou Sorte
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